Em dezembro de 2018 eu senti um pequeno nódulo na mama direita ao amamentar. Por achar que poderia ser leite empedrado, não dei muita importância. Em janeiro de 2019, fui na ginecologista e ela me pediu uma ultrassom, mas no toque, disse que não parecia ser nada demais e me passou um remédio pra dissolver porque poderia ser gordura. Tomei o remédio e me esqueci da ultra. Em abril senti que o nódulo não reduziu com o remédio, pelo contrário, cresceu consideravelmente e aí eu fiz a ultrassom que acusou BIRADS 4. O que já foi preocupante. Então com esse resultado foi pedido uma biópsia e no resultado da biópsia deu carcinoma invasivo da mama tipo não especial grau 3.
Foi um choque, não tinha nenhum caso na família e a gente sempre ouve na televisão que câncer de mama pode dar em mulheres com mais de 40 anos e eu com 25 tinha o diagnóstico. Foi muito difícil, mas minha família sempre ficou do meu lado, minha mãe e minhas irmãs foram fundamentais pra tudo. Minha filha mesmo sendo pequenina, me deu muita força.
Meu protocolo de tratamento foi de 4 quimioterapias vermelhas para reduzir o tumor que já estava grande (cerca de 10 cm), e meu corpo correspondeu super bem a quimioterapia. Graças a Deus e fiz a retirada do tumor através de mastectomia total. Logo após, recebi mais 12 quimioterapias brancas e 15 sessões de radioterapia.
Eu tinha um apego muito grande ao meu cabelo e foi uma das coisas mais difíceis de superar, mas me redescobri, me achei linda até mesmo sem cabelos, me amei mais e com certeza sou uma mulher melhor.
Se você recebeu este diagnóstico, sinta-se abraçada por mim, não é fácil, mas aceite, abrace a causa e enfrente com todas as suas forças. O importante é nunca deixar que o câncer tome você.
OUTUBRO ROSA 2021
Fonte: EXTRA