Fui diagnosticada em 2017 (carcinoma ductal invasivo) após perceber nódulo na mama, que à priori acreditei ser nódulo de leite, pois estava amamentando. Procurei o serviço médico e confirmei a doença. A médica abriu o exame e perguntou se tinha visto o resultado. Disse que não e com tristeza ela respondeu que infelizmente o diagnostico deu positivo para câncer. Respirei e perguntei: 'O que vamos fazer agora para cuidar deste problema?'. Ela me encaminhou para alguns exames. Fui ver minha mãe e contei para ela. Muito sábia, ela me disse que resolveríamos e que tudo daria certo. A partir daí me agarrei na esperança e fui para minha peregrinação.
O diagnostico foi em outubro e iniciei a quimioterapia em dezembro. Em junho do ano seguinte fiz a quadrantectomia (cirurgia que só remove um quarto da mama para a retirada do tumor) com simetria de ambas as mamas. Em julho iniciei a radioterapia e por opção para complementar o tratamento fiz quimioterapia oral. Atualmente sou acompanhada trimestralmente pelo serviço oncológico.
A cura foi um presente de aniversário em setembro de 2019.
Durante o processo de tratamento permaneci realizando minhas atividade laborativas, com algumas restrições, é claro. Trabalhei, fiz curso de formação, atividade física, namorei, viajei, cuidei da casa e dos filhos, em principal da bebê de 1 ano e alguns meses. Confesso que a espiritualidade, amigos e familiares foram meu porto seguro para a condução da minha cura. Sempre acreditei e nunca desisti.
A perda do cabelo foi significante. Só que sou filha de cabeleireira e tudo se tornou mais fácil. Escolhi uma peruca que se adequou bem e pensei: 'cabelo cresce o importante é ser curada'.
Digo às mulheres se toquem, se amem e não permitam que o diagnostico do câncer seja maior que a sua vontade de viver. Priorize a sua cura e seja feliz.
OUTUBRO ROSA 2021
Fonte: EXTRA